"There
is really no astrological evidence that science is anything
more than a medieval superstition"
Stephen
James - Astral Engineer
A
jocosa citação de Stephen James encerra
uma meia-verdade: vista sob o paradigma astrológico
(vertical, acausal), a ciência apresenta inúmeras
contradições, da mesma forma que a astrologia
quando enfocada sob o modelo científico (horizontal,
causal).
Relembrando
o ponto principal que foi explanado nesta série
de artigos, a astrologia e todos os saberes esotéricos
estão regidos pelo "Princípio de Correspondência",
que afirma que "O que está em cima é
como o que está embaixo, e o que está embaixo
é como o que está em cima". Esta Lei
Cósmica é, em última instância,
a indicação da presença inerente
do Todo em Tudo, onde, a cada instante, existe um mútuo
reflexo entre o macrocosmo e o microcosmo, uma espécie
de qualidade abstrata que se propaga por todos os planos
de manifestação. É a este princípio
que a Bíblia nos remete quando diz que "fomos
feito à Sua imagem e semelhança". Desta
forma, podemos conhecer a natureza do infinitamente pequeno
através do infinitamente grande, e vice-versa.
É notável como homens de grande desenvoltura
espiritual afirmam que não é necessária
nenhuma busca nem anseio exterior, já que através
de conhecer a si próprio pode-se conhecer o universo
inteiro. No seu próprio mundo interior o iluminado
encontra a totalidade cósmica.
No
entanto, o caminho inverso é igualmente válido.
Quando conseguimos compreender a mensagem simbólica
escrita no céu, na grandiosidade que se encontra
acima de nós, podemos entender o que se passa no
nosso pequeno mundo, já que nós, seres humanos,
assim como o universo, o sistema solar e os micróbios,
somos, tudo, "farinha do mesmo Saco".
O
ponto mais importante desta Lei Cósmica é
que trata-se de uma lei acausal, onde a sincronicidade
que existe entre elementos análogos de diferentes
planos de manifestação não obedece
a nenhuma relação de causa e efeito. A lei
estabelece apenas uma relação "funcional",
sem que haja aí nenhuma relação de
causalidade. Não é correto, portanto, falar
em influência dos astros ou coisas do gênero
quando nos referimos à astrologia, já que
os planetas, na verdade, não nos influenciam. Apenas
refletem no céu o que se passa aqui na Terra...
E vice-versa! Os cientistas e demais pessoas que tentam
desacreditar a astrologia partem usualmente deste equívoco.
Acham que os astrólogos pretendem estabelecer relações
de causa e efeito entre os corpos celestes e os acontecimentos
aqui na Terra, o que não é o caso. Assim,
vêem e contestam a astrologia baseados no seu modelo
científico, e não no modelo vertical que
rege a astrologia. Partindo de pressuposições
equivocadas, é claro que chegam a conclusões
igualmente despropositadas.
Para
quem consegue distinguir claramente os dois modelos, torna-se
fácil responder a quaisquer ataques contra a astrologia,
alguns baseados na lógica causal e outros baseados
apenas em preconceito. E não são poucos
os ataques que têm sido desferidos injustamente
contra a astrologia ao longo dos últimos tempos.
Em
Junho de 1990, por exemplo, a revista "Super-Interessante"
publicou um artigo pretensamente científico, já
que fora escrito por um cientista (o astrônomo americano
Andrew Franknoi), e que atacava a astrologia de uma forma
desleal, através de indagações que
"deixariam qualquer um sem resposta". O que
torna mais insidiosa a matéria é que as
respostas às perguntas do cientista foram dadas
por ele mesmo, obviamente manipuladas numa lógica
marota mesclada de preconceito. O título da reportagem
era: "Como Defender-se da Astrologia", onde
o autor procura colocar este saber milenar numa posição
marginal, como se fosse uma ameaça social da qual
todos deveriam se cuidar e defender. Quanto à revista,
repetindo uma atitude usual em grandes órgãos
de informação, não deu oportunidade
de defesa aos astrólogos nesta nem em outras edições.
Vamos,
então, responder às perguntas do astrônomo,
mostrando que todas partem de um pressuposto equivocado.
Após cada pergunta, colocamos inicialmente a resposta
dada pelo próprio astrônomo à sua
pergunta (em itálico), seguida da minha resposta.
1)- "Qual a probabilidade de que 1/12 da população
mundial esteja tendo o mesmo tipo de dia ?"
Os astrólogos que publicam horóscopos nos
jornais asseguram que você pode saber algo sobre
seu dia lendo um dos doze parágrafos no seu matutino
predileto. Uma divisão elementar mostra que 400
milhões de pessoas pelo mundo afora terão
o mesmo tipo de dia, todo santo dia. Dada a necessidade
de atender a tantas expectativas ao mesmo tempo, torna-se
claro o motivo pelo qual as previsões astrológicas
vêm acondicionadas em um palavreado o mais vago
e genérico possível.
(O.A.) O astrônomo se refere aos horóscopos
de jornais. Estes "horóscopos", quando
feitos por profissionais competentes, podem apenas dar
descrições simbólicas genéricas,
geralmente considerações sobre signos, o
que não é aplicável individualmente,
como as colunas de jornais querem fazer parecer. Num nível
individual, somente o próprio mapa astrológico
do indivíduo, que depende do dia, hora e local
em que este nasceu, é que irá refletir sua
situação num determinado momento. Se os
jornais procuram apontar os horóscopos como soluções
individuais, isto não corresponde à realidade,
e todos os verdadeiros astrólogos sabem disso e
não pregam nada em contrário.
Deve-se
lembrar que muitas profissões têm colunas
análogas nos jornais, por exemplo, colunas de aconselhamento
médico, psicológico, etc. No entanto, acredito
que para um doente é mais prudente procurar seu
médico do que basear-se em receitas genéricas
de jornais, já que um mesmo sintoma pode demandar
tratamentos diversos para pessoas diferentes. Esta analogia
pode ser aplicada às demais atividades: geralmente
têm uma abordagem genérica e outra particular.
2)- "Por que a hora de nascimento, e não a
da concepção, é crucial para a Astrologia
?"
A astrologia parece científica para algumas pessoas
porque o horóscopo é baseado num dado exato:
o tempo do nascimento de cada um. Quando a astrologia
foi estabelecida, há muito tempo atrás,
o instante do nascimento era considerado o ponto mágico
da criação da vida. Mas hoje entendemos
o nascimento como o ponto culminante de um desenvolvimento
ininterrupto de nove meses dentro do útero. Tanto
assim que atualmente cientistas acreditam que muitos aspectos
da personalidade de uma criança são estabelecidos
muito antes do nascimento. Suspeito que o motivo pelo
qual os astrólogos ainda se mantêm fiéis
ao momento do nascimento tem pouco a ver com a "teoria"
astrológica. Quase todo cliente sabe quando nasceu,
mas é difícil (e talvez embaraçoso)
identificar o momento da concepção de uma
pessoa.
(O.A.) Um indivíduo como tal não nasce na
concepção, da mesma forma que uma empresa
não nasce no aluguel do escritório e nem
um mandato presidencial nasce no início da campanha.
O momento da concepção marca o nascimento
da gestação, e este horóscopo está
relacionado às condições que envolverão
o feto e a mãe durante a fase da gestação.
Tornar-se um indivíduo é conseqüência
do ato de individualizar-se, ou tornar-se autônomo,
o que implica em separar-se da mãe. O ato que marca
o início da individualização de um
ser humano é a sua primeira respiração
após deixar o útero, que é a primeira
coisa que se consegue fazer por conta própria.
O horóscopo natal reflete este momento.
O
fato do feto ter sensações e reflexos no
interior do útero, esta vivência, esta realidade,
tudo isto poderia ser estudado a partir do horóscopo
da gestação. Ao nascer, o feto passa a ser
um bebê: rompe o vínculo com a realidade
anterior, simbiótica, indiferenciada, imersa no
oceano cósmico do líquido amniótico,
e passa a sentir a própria pele a separá-lo
do mundo, emerge numa nova realidade, numa nova consciência.
Todo
mapa astrológico reflete o tipo de realidade que
nasce a partir dali. Poderíamos, inclusive, estudar
o mapa do momento da morte, como reflexo de uma nova realidade
a ser vivenciada a partir daquele momento. É possível
que este mapa reflita a vida após a morte, as condições
que virão adiante, àquilo que os cristãos
aludem como céu, purgatório ou inferno.
Enfim,
a astrologia estuda diferentes realidades, diferentes
níveis de consciência, independente de considerações
materiais, de quando surgiu uma primeira célula,
um primeiro pedaço de carne e, também, independente
de quando desapareceu a matéria. Por ser um estudo
da alma das coisas, um estudo da vida, a astrologia se
relaciona ao desenvolvimento da consciência nos
seus diversos níveis de manifestação.
A
conceituação materialista da ciência,
que considera um feto igual a um bebê, não
se aplica à conceituação astrológica,
relacionada à consciência. A vida pré-natal,
a vida propriamente dita e a vida após a morte
são, obviamente, diferentes níveis de consciência.
E cada diferente nível de consciência implica
num novo mapa astrológico, que reflita o seu momento
inicial.
3)- "Se o útero da mãe pode afastar
influências astrológicas até o nascimento,
será que podemos fazer a mesma coisa com um pedaço
de filé?
Se forças tão poderosas emanam do céu,
por que elas são inibidas antes do nascimento por
uma fina camada protetora feita de músculo, carne
e pele? Se o horóscopo potencial de um bebê
for insatisfatório, será que poderíamos
retardar a ação das influencias astrológicas
circundando imediatamente o recém-nascido com um
naco de carne até que os signos celestiais ficassem
mais auspiciosos?
(O.A.) Neste ponto o cientista inaugura uma série
de perguntas onde irá fazer alusões do tipo
"forças planetárias", "influência
gravitacional", etc, para tentar colocar em cheque
a astrologia. Já vimos que o mecanismo astrológico
funciona como um espelho, através da analogia vertical,
não tendo absolutamente nada a ver com influências,
forças, energias, etc. Quando o bebê nasce,
seu horóscopo reflete a qualidade abstrata daquele
momento, expressa em todos os planos macro ou micro que
o circundam. Se, ao nascer, o bebê fosse coberto
por um naco de carne por obra de um pai desnaturado, teria
este evento impresso no seu mapa astrológico, já
que esta ocorrência desagradável estaria
de acordo com a qualidade abstrata daquele instante, e
marcaria o início desta nova fase de consciência
ao tornar-se um ser individualizado.
No
seu mal gosto, o cientista mostra total ignorância
da lei básica da astrologia e demonstra o que afirmamos
no primeiro número desta série, que a ciência
não tem sensibilidade para lidar com a vida e a
alma: neste caso, para os fins do cientista, tanto faz
o útero materno quanto uma peça de filé,
já que considera ambos de mesmo valor "isolante".
REDESCOBRINDO
A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA - PARTE I
REDESCOBRINDO
A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA - PARTE II
REDESCOBRINDO A VERDADEIRA
ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA - PARTE III
REDESCOBRINDO A VERDADEIRA
ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA - PARTE IV
REDESCOBRINDO A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA
- PARTE V
REDESCOBRINDO
A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA - PARTE VI
REDESCOBRINDO
A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA - PARTE VII