O
paradigma holográfico: onde a ciência começa
a se aproximar da astrologia”
O
holograma é uma invenção dos anos
60, e a grosso modo é um mecanismo ótico
que produz imagens tridimensionais. Seu princípio
foi descoberto em 1947, mas o modelo só pôde
ser construído após a invenção
do laser. Para produzí-lo, divide-se um único
raio laser em dois feixes separados. O primeiro feixe
é projetado no objeto a ser fotografado. Então,
faz-se com que o segundo feixe colida com a luz refletida
do primeiro. Quando isso acontece, eles produzem um padrão
de interferência que é então registrado
num filme. Iluminada pela luz natural, a imagem do filme
não se parece em nada com o objeto fotografado,
mostrando um conjunto de curvas concêntricas entremeadas,
num desenho indecifrável. Mas, assim que um outro
feixe de raio laser ilumina o filme, uma imagem tridimensional
do objeto original reaparece em pleno espaço, podendo
ser vista por cima, por baixo ou por qualquer lado, mas
não podendo ser tocada. Esta imagem holográfica
apresenta algumas características que estão
deixando os cientistas intrigados e perplexos.
Suponhamos que o objeto fotografado seja
uma maçã. Peguemos então o filme
holográfico e vamos dividí-lo ao meio, em
dois pedaços. Projetemos agora o laser sobre uma
dessas metades. O que vemos projetado no espaço
a três dimensões ? Meia maçã
? Nenhuma maçã ? Não ! Se projetarmos
o laser em qualquer uma das metades, ainda assim obteremos
a maçã inteira projetada no espaço.
E se continuarmos partindo a foto em milhares de pedaços
e projetarmos o laser sobre um minúsculo fragmento,
ainda assim obteremos a maçã inteira projetada
a três dimensões. Uma imagem menos nítida,
mas ainda assim a maçã inteira.
Nesta foto mágica, cada parte contém
a totalidade, cada uma das partes da imagem interpenetra
todas as outras.
O TODO NAS PARTES
Esta característica do holograma - a parte no todo
e o todo nas partes - tem assustado os cientistas e modificado
algumas concepções importantes sobre o Universo.
Segundo o físico nuclear David Bohm, o Universo
inteiro funciona como um holograma, em que cada uma das
partes interpenetra as outras. Qualquer alteração
se transmite ao Todo. Cada célula do nosso corpo
reflete o cosmo inteiro. Da mesma forma, todo passado
e as implicações para todo futuro também
estão presentes em cada minúscula porção
do espaço e do tempo. Resumindo, a totalidade de
tempo e espaço encontra-se presente em cada ponto
de tempo e de espaço. Impressionante !
Nós contemos o Universo inteiro
no nosso mundo, no nosso corpo, nas nossas células.
É devido a este princípio que a acupuntura
permite alcançar todo corpo através de uma
determinada parte do mesmo, por exemplo, a orelha. O corpo
inteiro está presente na orelha, como mostra o
diagrama do “Homenzinho na Orelha”. Os iridologistas,
por sua vez, vislumbram as condições de
todo corpo pelos desenhos da íris; no “Do-in”
pode-se fazer o mesmo pelos pés, e os quiromantes
lêem a vida física e temporal na palma das
mãos. São todos desdobramentos do mesmo
princípio que rege o holograma. Na verdade, cada
parte do corpo o contém inteiro, numa perspectiva
espaço-temporal, da mesma forma que cada pequena
entidade do Universo reflete o padrão de sistemas
infinitamente maiores, e da própria totalidade.
Esta idéia foi maravilhosamente expressa por William
Blake no seu célebre verso em “Auguries of
Innocence”:
Enxergar o mundo num grão de areia
E o céu numa flor silvestre,
Segurar o infinito na palma da sua mão,
E a eternidade em uma hora.
O CÉREBRO HOLOGRÁFICO
O princípio holográfico, além de
ser um modelo de reflexo do Universo nas partes, tem sido
usado para explicar como o cérebro processa a informação.
Neurologistas têm ficado cada vez mais surpresos
com pesquisas que demonstram que a memória se distribui
por todo cérebro indistintamente, e as lembranças
não se localizam numa região específica,
como se pensava anteriormente. O Prêmio Nobel em
neurofisiologia, Dr. Karl Pribam, sugere que, como num
holograma, as sensações que chegam até
o cérebro são gravadas em todas as suas
partes. O processo de evocar uma determinada memória
eqüivale à reprodução de uma
imagem holográfica. Segundo Pribam, o cérebro
é um holograma e reproduz um padrão holográfico.
Para provar que Pribam estava errado,
o biólogo da Universidade de Indiana, Paul Pietsch,
idealizou uma experiência um tanto quanto tétrica.
Pietsch havia observado que podia remover o cérebro
de uma salamandra sem matá-la e, embora o animal
permanecesse em letargia sem o cérebro, seu comportamento
voltava completamente ao normal assim que este era recolocado.
Pietsch tomou os hábitos alimentares da salamandra
como referência para suas experiências . Então,
inverteu os hemisférios esquerdo e direito do cérebro
e, para seu espanto, assim que ela se recuperou rapidamente
voltou à alimentação normal. Pietsch
tentou várias outras alternativas: virou o cérebro
de cabeça para baixo, cortou-o em fatias, embaralhou,
e, chegou a picar em pedacinhos os cérebros de
suas infelizes cobaias. No entanto, sempre que recolocava
o que havia sobrado desses cérebros, ou parte deles,
o comportamento dos animais voltava ao normal. Desnecessário
dizer que Pietsch mudou de idéia, passando a considerar
a teoria de Pribam.
A MEMÓRIA INFINITA
Entre várias características peculiares
ao holograma, vale a pena destacar uma outra, além
da que relaciona o todo com as partes. Esta segunda característica
é o fato de que os hologramas têm uma capacidade
fantástica de armazenar informações,
podendo gravar uma infinidade de imagens sobre uma mesma
chapa. Assim, quando modificamos o ângulo da chapa,
uma determinada imagem aparece e a outra que estava projetada
desaparece. Esse efeito se relaciona ao ângulo de
incidência no qual os dois feixes de raio laser
atingiram o filme fotográfico ao gravar uma determinada
imagem. Ela só se projetará no espaço
tridimensional quando for iluminada por um raio laser
projetado no mesmo ângulo em que a imagem foi gravada
originalmente. Assim, é possível registrar
muitas imagens diferentes sobre a mesma superfície,
cada uma com o seu respectivo “ângulo de reprodução”.
Os pesquisadores calcularam que um pequeno pedaço
de filme poderia armazenar milhões de imagens,
cada uma podendo ser evocada através do seu ângulo
original de gravação. Uma chapa assim gravada
mostra uma multiplicidade de imagens projetando-se seguidamente
ao ser girada diante do laser.
Esta segunda característica explica
possíveis mecanismos de recordação
de fatos. Sendo o cérebro um holograma, quando
nos colocamos num determinado “ângulo de lembrança”,
iremos evocar aquela recordação em particular,
ou seja, a nossa capacidade de lembrar é análoga
ao ato de emitir um feixe de raio laser em direção
a um desses pedaços de filme evocando uma imagem
específica. Da mesma forma, quando somos incapazes
de lembrar alguma coisa, isto corresponde a emitir vários
feixes a um pedaço de filme com múltiplas
imagens mas sem encontrar o ângulo certo para recuperar
a “imagem” que estamos procurando. Os pesquisadores
dessa área estão convictos que a visão
que os moribundos têm na hora da morte, quando “vêem”
a vida inteira numa fração de segundo, eqüivale,
no sistema holográfico cerebral, ao ato de girar
rapidamente uma chapa holográfica com milhões
de imagens gravadas diante do laser.
A ASTROLOGIA: UM SISTEMA HOLOGRÁFICO
Em decorrência dessas recentes descobertas, a ciência
começa a descobrir o que os místicos já
haviam percebido há milhares de anos atrás:
que somos parte de uma totalidade que está em nós.
O princípio do “Universo Holográfico”
já estava presente no célebre aforismo hermético:
“O que está em cima é
como o que está embaixo, e o que está embaixo
é como o que está em cima”.
Os astrólogos observam e interpretam a mensagem
do Sistema Solar para traduzir os acontecimentos tão
pequenos e localizados que se passam na nossa vida aqui
na Terra. Somos um conjunto de partes e, ao mesmo tempo,
partes de um conjunto. De várias maneiras chegamos
à conclusão de que cada indivíduo
se relaciona intimamente com o Universo. Cada um de nós
pode ser considerado um pedaço do holograma universal;
portanto, carregamos o padrão da totalidade, não
apenas em nosso registro do momento do nascimento, mas
também numa perspectiva dinâmica, no “holomovimento”
contínuo.
Estudar o fenômeno astrológico
é estudar o holograma cósmico. Somos partes
do Sistema Solar e, assim, somos seu reflexo. Esta analogia
“vertical” está no âmago do todos
os fenômenos ditos “esotéricos”.
Aqueles que se dedicam ao estudo da Astrologia
observam, com uma certa admiração, como
as diferentes relações e posições
planetárias se refletem simbolicamente na vida
e nos acontecimentos cotidianos aqui na Terra. O fato
da parte refletir o todo não implica em que o todo
esteja “influenciando” esta parte. O menor
e o maior obedecem, juntos, a um possível movimento
holográfico universal. Por esse caminho, talvez
pudéssemos chegar ao Todo Maior, àquilo
que se denomina a Totalidade Cósmica: estamos todos
submissos à Sua Vontade! Sem dúvida, a ciência
chega aqui bem próximo a uma conceituação
mística, esotérica, religiosa. O mundo holográfico
foge aos padrões usuais da ciência - o das
relações de causa e efeito - e, por isso,
os cientistas que atuam nessa área encontram-se
tão espantados e relutantes. É um mundo
fantástico, que evoca uma natureza mística,
como diz Richard Zarro:
“Alguns dos modernos conceitos da Física,
Biologia e Psicologia começam a parecer inspirações
espirituais universais que encaram toda a manifestação
como relacionada a uma realidade maior - uma realidade
em que a consciência e a matéria estão
inexoravelmente interligadas.”
Assim, não é de se espantar, que desde a
época da “revolução quântica”,
cinqüenta anos atrás, vários físicos
descobriram intrigantes paralelismos entre os resultados
de suas investigações e certos sistemas
religiosos, místicos e esotéricos. Heisenberg,
Bohr, Eddington e até Einstein sustentaram uma
concepção místico-espiritual do mundo.
É reconfortante verificar que correntes tão
divergentes - a ciência e o esoterismo - começam
a se aproximar. Há de existir uma conexão,
um ponto comum na cruz formada pelo saber científico
- horizontal e lógico - e o saber esotérico
- vertical, simbólico, intuitivo. E este ponto
de encontro parece ser o modelo holográfico.
REDESCOBRINDO
A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA - PARTE I
REDESCOBRINDO
A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA - PARTE II
REDESCOBRINDO A VERDADEIRA
ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA - PARTE III
REDESCOBRINDO A VERDADEIRA
ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA - PARTE IV
REDESCOBRINDO A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA
- PARTE V
REDESCOBRINDO
A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA - PARTE VI
REDESCOBRINDO
A VERDADEIRA ESSÊNCIA DA ASTROLOGIA - PARTE VII