O papel da arte como instrumento de resgate da auto-estima, da cidadania e da construção de uma identidade cultural foi o tema do EcoArraial 2005. Nada de teorias e cerebralizações: o público foi convidado a botar a mão na massa, em oficinas lúdicas e eminentemente práticas.
PROGRAMAÇÃO
Sábado, 16 de julho de 2005
9h30 – Oficina do Mosaico com cacos de azulejo – com a artista plástica Júlia Barreto, cujo trabalho é voltado para o reaproveitamento de materiais de construção.
9h30 – Oficina de bonecas de pano – A técnica de confecção das tradicionais bonecas de pano, com utilização de retalhos, restos de malha e linha. Bonecos de pano são documentos expressivos da arte popular brasileira. Formam coleções indispensáveis aos museus etnográficos, atestando as tendências e orientações da estética das sociedades. Esta oficina está aberta à participação de adultos e também crianças, desde que acompanhadas. É desejável levar uma tesoura. Com Georgia Gomes, artesã e pedagoga.
11h – Arquitetura de Papelão – A transformação do papelão em casinhas e utilitários. Oficina de arte com papelão e outros objetos, como caixa de fósforos, palitos de churrasco etc. Com Sérgio Cezar, artista plástico voltado para reciclagem, com enfoque ambiental e social. Mantém atelier em Laranjeiras e tem experiência com dependentes químicos e egressos do sistema carcerário. Uma das propostas de seu trabalho é a da recuperação da auto-estima através da reciclagem.
11h – Oficina de caixinhas com dobraduras – Comemorando os 10 anos do EcoArraial – as “bodas de papel” do evento, esta é uma oficina toda voltada para a criação de objetos com simples dobras de papel! Com a arquiteta e professora universitária Claudia Thaumaturgo e as designers Maristela Pessoa e Jac. As três são sócias no atelier Santa Sucata, em Santa Teresa, especializado em trabalhos de reciclagem.
12h30 – Vídeo e consciência social – Exibição do vídeo “Jovens no Centro”, seguido de debate. O documentário foi produzido por alunos dos cursos de Pedagogia e Cinema e do mestrado e doutorado em Educação da Universidade Federal Fluminense, com apoio do CNPq e da Faperj. Documenta um estudo de caso desenvolvido com jovens na Ilha da Conceição, em Niterói. Coordenação de pesquisa do prof. Paulo Carrano e direção de Marcelo Brito.
12h30 – Almoço
13h30 – Mágica da Sucata – Aprendendo truques de mágica com uso de materiais alternativos. Com Célio da Rua Alice, mágico.
14h30 – Oficina de Contação de Histórias – A velha técnica de contar histórias para crianças esmiuçada no essencial: situação-problema, desenvolvimento do conflito, caracterização de personagens, etc. Exercício prático voltado para adultos que se acham pouco criativos. Com Fernando Fernandes, jornalista e profissional de RH, diretor teatral nos anos 70 e 80, e Marcio Luiz, ator e professor de teatro.
14h30 – Oficina de Invenção de Arraial – Nesta atividade de criação coletiva, latas, jornais, barbante, rolos de papel higiênico, embalagens de ovo e o que mais estiver à mão vão se transformar em elementos decorativos da festa junina. Com Guto Carrilho, cenógrafo e aderecista com experiência em escolas de samba, teatro e televisão.
14h30 – Brincando com retalhos – Exercício prático de aproveitamento criativo de retalhos de tecidos para a confecção de novas peças, como almofadas, bolsas, colchas etc. O exercício envolve as técnicas de combinação de retalhos e de costura à mão. Com Hilsete Ribeiro, artesã, colaboradora habitual da CFA na confecção de colchas e almofadas.
15h30 – Teatro-debate: usando arte para discutir o cotidiano – Exercício prático de utilização das técnicas do teatro-debate, em que situações do cotidiano são dramatizadas para provocar a reflexão do grupo. Com Marcio Luiz, ator, diretor e autor teatral, criador da escola de teatro-debate Teatro-Vida, em 1982, no Rio de Janeiro, depois implantada também na Itália, na década de 90.
17h – Quadrilha de crianças seguida de quadrilha de adultos (improvisada e aberta à participação), assim como mostra de trabalhos produzidos nas oficinas, leilões etc.
18h30 em diante – Programação livre – Roda musical com participação de grupos da comunidade.
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