RIO
CONSTELAR |
O CÁLCULO DO ASCENDENTE Paulo Duboc |
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Entendo que o Ascendente, em tese, seja a corporificação da vida. Certamente uma das mais difíceis tarefas do Astrólogo é definir com exatidão o momento do nascimento, que em tese, jamais é o que está escrito no papel do hospital ou no documento oficial onde os pais tiveram apenas leve idéia da hora fatal. Mas, prossigamos a jornada inicial na tentativa de formar um teoria sobre o Ascendente. Uma vez definido o seu grau no Grande Arco, ocupando Espaço no Planeta Terra, e Tempo nos ciclos do relógio cósmico, nele estaria implicado um “inicium”. Esse começo, “ um quase-zero absoluto” ocorre numa hora, minuto e segundo, de um dia do mês do ano do século de uma era e assim infinitamente. O que importa, porém, é que o evento chamado Ascendente apenas ocorreu num instante fatal. Naquele momento, o nascente cobriu o espaço da terra e descobriu-se em novo tempo, diferente de onde veio. De qualquer forma, por ora entendamos que essa é a missão do Ascendente, envolvendo a sua história com a história da humanidade e relatando, de qualquer forma, não apenas ser mais um na Terra, mas alguém que se difunde no globo para o cumprimento de um roteiro que apenas o Si mesmo conhece, mais ninguém. Dessa forma, comecemos por acentuar que
não existem Ascendentes nem mais nem menos importantes.
Todos são iguais, porém a partir do nascimento existe
uma corrida que o “Ego” valoriza num tempo que não
é o do Cosmos. Embora os Ascendentes se separem por força
de suas casas particulares, juntos retornam todos num lugar, plano
ou vivência onde se verificam iguais pois que se despem
de seu tegumento adquirido no planeta e se tornam humildes na
proposta original. A experiência da alma é na Terra;
o Ascendente está na Terra. O conflito ocorre entre o Ser
e o Estar, ou precisamente, o Ser e o Não-Ser. A caminhada
pelo Ascendente é importante para que a pessoa compreenda
que não é da Terra, mas está na Terra. Quando
essa idéia for totalmente admitida e assumida, não
haverá razão de vida no planeta. A missão
do Ascendente foi cumprida. A IMPORTÂNCIA
DO CÁLCULO NA FORMAÇÃO A questão do cálculo merece ser considerado ou pelo menos fazer parte da didática de ensino da Astrologia, até como obrigatoriedade. Somente conhecendo os passos para o levantamento de um Mapa e as razões porque os cálculos agem sobre a simbólica astrológica e que faz o Astrólogo mais digno de crédito, sobretudo quando se trata de analisar as Progressões, e mesmo os trânsitos. Mesmo com os melhores softs de computação existentes no mercado é bom conhecer os passos abaixo para os cálculos. Eles farão parte da gigantesca engrenagem que é necessária para a melhor performance do astrólogo. Passos para o levantamento do Mapa Astrológico
Determinar a posição geográfica do local do nascimento (longitude e latitude). Ambas representam, respectivamente as distâncias em Longitude, a partir do Meridiano de Greenwich, 0º e distância em Latitude a partir do fictício eixo da Linha do Equador - 0º . Tomemos um exemplo: João Carlos Dias É preciso determinar a Hora Local em face da posição do local de nascimento. Ela será obtida pela transformação da distância angular entre o local de nascimento (Rio) e meridiano mais próximo (45º). Essa distância é transformada em tempo e adicionado à Hora Oficial se o local estiver a W (Oeste de Greenwich) e será subtraída se o local estiver a E de Greenwich. Considerar que a partir de 0º Greenwich, os graus serão marcados de 15º a 15º . O Rio de Janeiro está situado no Meridiano de 45º mas a 43º 10’ W. 2º Passo Diminuir 45º de 43º 10 Total: 01º : 38’ (Transformar essa diferença de Arco em Tempo) Considerando que 1º de Arco é igual a 4’ de Tempo, façamos a seguinte regra de 3 Se 1º (arco) = 60 ‘ ( arco )
= 4' ( tempo) 3º passo Procurar, na efeméride o tempo - sideral time (tempo sideral) Este tempo se refere à Zero Hora do dia considerado 4 º passo Procurar, na Tábua de Casas, latitude Rio de Janeiro, 22º .54’ (verificar a mais próxima Hora Sideral achada.) 5º passo Inverter o Signo considerando sempre o oposto, pois as Tábuas de Casas são para Latitude Norte e nós estamos na Latitude sul. Então serão marcadas as posições Zodiacais correspondentes às cúspides das casas 10,11,12, Asc., 2, 3,4
O levantamento do Mapa, com o rigor da técnica, permite definir o grau exato do Ascendente e das cúspides das casas. Existem vários sistemas em uso, porém o Astrólogo deve se familiarizar com o que vai interessar em sua técnica. Se for terapeuta, pode usar o Sistema de Koch. Se for psicoterapeuta ou trabalhar com Astrologia Espiritual, pode usar Campanus ou Regiomontanus. Porém o sistema mais usado é o de Placidus. Pelo menos o mais popular, e muito assimilado por quem não levanta mapa astrológico através de computador. A opção por Campanus deve ser quando o Astrólogo estiver mais avançado no uso da técnica de Mapa e estar familiriazado com a interceptação das casas. Na próxima oportunidade, estudaremos a questão do Ascendente ao nível de ficção e o cuidado do astrólogo na questão dos aspectos que o Ascendente possa formar, embora já adiantando que Ascendente não é planeta e a aspectação que em geral é uma geometrização planetária parece não ter efeito direto no Ascendente que é, como acentuei, em principio, uma ficção.
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