Argumentos
e Falácias
(fonte:
Dicionário Aurélio) |
Argumento
ad hominem.
1. Argumento
com que se
procura confundir o adversário, opondo-lhe seus próprios
atos
ou palavras.
Argumento
ad judicium.
1. Argumento fundamentado
na opinião corrente ou
no senso comum.
Argumento ad populum.
1. Sofisma em que se
ssociam
ao objeto da argumentação
elementos que tocam à sensibilidade, às necessidades,
às aspirações, aos temores, etc., do público
que se quer convencer.
Argumento ad rem.
1. Argumento relativo ao assunto em foco.
Argumento baculino (ad baculum).
1. Argumento que consiste em pretender provar a existência
do mundo exterior golpeando o solo, ou mesmo aquele com quem
se argumenta, com um bastão.
2. P. ext. Demonstração ou refutação
de uma tese filosófica por meio de uma ação
material, como, p. ex., mover-se, para provar, aos que negam
a possibilidade do movimento, que este existe.
3. Imposição de uma tese com base no medo ou na
timidez do adversário em face da superioridade física
de quem argumenta.
Argumento da autoridade
1. V. apelo ao respeito.
Levar um argumento. Bras. Gír.
1. Ter diálogo; manter conversação; tratar
um assunto.
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1-
Resposta ao artigo publicado pelo O Globo em 19.08.2003 |
Por Claudio Vallim de Carvalho
Domingo, dia 24 de agosto, em conseqüência de uma
pesquisa que pretende negar o valor da Astrologia, o Fantástico
apresentou um diálogo entre Astrólogos e Astrônomos
em que ambos ficaram muito pouco à vontade. Isso porque
o programa comparou Astronomia e Astrologia, estudos que têm
em comum apenas o cálculo e a observação
do movimento dos astros, suas órbitas e periodicidade.
No mais, cada uma toma um caminho diferente.
A Astronomia trata de estudar exclusivamente a física
do Universo e não considera os demais aspectos que relacionam
o Universo com a Humanidade e com os demais seres vivos, em
suas implicações psicológicas, sociológicas,
políticas, macroeconômicas, médicas, etc.
, pois o seu objetivo é a mecânica celeste, os
astros enquanto corpos que têm uma constituição
físico-química e os seus movimentos e trajetórias
no espaço, bem como a sua interação no
que tange à gravitação e aos campos eletromagnéticos.
A Astrologia tem em comum com a Astronomia apenas o cálculo
das órbitas planetárias e sua temporalidade cíclica.
No mais a Astrologia segue um caminho bem diferente da Astronomia,
ambos, aliás, dignos de todo nosso respeito e admiração.
Assim, não cabe perguntar a um Astrônomo das influências
de Marte sobre o comportamento humano, assim como não
cabe perguntar a um Astrólogo sobre a teoria da Relatividade
Geral. Cada um deve se ater à sua área de conhecimento.
A Astrologia, um conhecimento que existe há mais de
5000 anos, é uma ciência empírica, isto
é, que decorre da observação, tal como
acontece com as demais ciências humanas e que tem como
uma de suas principais ferramentas a estatística, além
naturalmente, do conhecimento do movimento dos astros e sua
periodicidade.
Devemos tomar um grande cuidado com a metodologia utilizada
nas pesquisas, para que, como acontece com qualquer ciência
empírica, não venhamos a tirar conclusões
erradas a partir de dados estatísticos que pequem por
uma amostragem incorreta ou tendenciosa, como acontece, por
exemplo com as pesquisas de opinião eleitoral, que podem
ser distorcidas se não tomarmos o cuidado de incluirmos
em nossa amostragem todos os estratos sociais importantes.
É preciso lembrar que o espírito científico
é aquele que está sempre aberto a estudar novos
pontos de vista, com isenção e seriedade. Os estudiosos
que são reconhecidos pela comunidade científica,
com raras exceções, são os que defendem
os pontos de vista tradicionais e estão sempre prontos
a resistir a qualquer novidade. Na Idade Média, aquele
que discordava do ponto de vista apoiado pela Igreja, como por
exemplo Galileu e Copérnico, estava sujeito à
sanção da Inquisição ou mesmo à
fogueira. Na atualidade a Inquisição é
a crítica da comunidade acadêmica tradicional.
É preciso ter muita coragem para fazer afirmações
que contrariem o ponto de vista do stablishment acadêmico,
ou mesmo que apenas apontem uma nova abordagem.
Defender a Astrologia ainda é considerado uma heresia,
mas normalmente, quem a combate não a conhece de fato.
Nunca estudou Astrologia. No máximo estudou Astronomia
e acha que com isso pode emitir opinião sobre algo que
desconhece.
Devemos ter em mente que, na Antigüidade, o Filósofo
era aquele que se dedicava ao estudo do conhecimento em geral,
englobando aí, tanto as ciências exatas, as ciências
humanas e os temas hoje chamados de filosóficos e religiosos.
A Astrologia era um estudo muito amplo e abrangente como o espírito
dos estudiosos da época, analisando o movimento dos astros
e procurando correlacioná-los com a vida em geral.
Para concluir, gostaria de dizer que a Astrologia é
um estudo sério e não pode ser confundida com
horóscopos publicados em jornais ou revistas. O mapa
astrológico deve ser traçado e analisado individualmente,
envolvendo trabalho cuidadoso e, por isso mesmo, demorado, pois
o mapa de cada pessoa é diferente do de outra. Além
disso, sua interpretação implica em grande responsabilidade.
Cada um de nós é um universo que vibra em ressonância
com o Grande Universo. Antes de criticar, vamos procurar conhecer
a Astrologia com maior profundidade, bem como ouvir a opinião
daqueles que estudam o assunto com seriedade.
Não é à toa que a Astrologia tem mais
de 5000 anos. Nada sobrevive tanto tempo se não tiver
valor.
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