Argumentos
e Falácias
(fonte:
Dicionário Aurélio) |
Argumento
ad hominem.
1.
Argumento com que se
procura confundir o adversário, opondo-lhe seus próprios
atos
ou palavras.
Argumento
ad judicium.
1. Argumento fundamentado
na opinião corrente ou
no senso comum.
Argumento ad populum.
1. Sofisma em que se
ssociam
ao objeto da argumentação
elementos que tocam à sensibilidade, às necessidades,
às aspirações, aos temores, etc., do
público que se quer convencer.
Argumento ad rem.
1. Argumento relativo ao assunto em foco.
Argumento baculino (ad baculum).
1. Argumento que consiste em pretender provar a existência
do mundo exterior golpeando o solo, ou mesmo aquele com quem
se argumenta, com um bastão.
2. P. ext. Demonstração ou refutação
de uma tese filosófica por meio de uma ação
material, como, p. ex., mover-se, para provar, aos que negam
a possibilidade do movimento, que este existe.
3. Imposição de uma tese com base no medo ou
na timidez do adversário em face da superioridade física
de quem argumenta.
Argumento da autoridade
1. V. apelo ao respeito.
Levar um argumento. Bras. Gír.
1. Ter diálogo; manter conversação; tratar
um assunto. |
1-
Complementando a Astrologia do Dicionário |
Raul V. Martinez
rvmart@ruralsp.com.br
Um amigo, consultando o 'Aurélio', encontrou o conceito
de 'astrólogo': é aquele que pratica a astrologia.
Ficou satisfeito com a explicação. Mas não
ficou satisfeito com o conceito de 'astrologia' apresentado
pelo dicionário. Devido a isso pediu que lhe dissesse
qual era o meu entendimento por astrologia.
Procurando responder ...
Nos organismos vivos se constata que há uma interação
e interdependência entre suas partes ou componentes.
Em cada organismo, órgãos, sistemas e células
interagem e dependem uns dos outros. Cada célula, possuindo
o mesmo DNA, tem o potencial para reproduzir todo organismo
a que pertence, ou seja, cada célula não apenas
está no todo, mas também, de certa forma,contém
o todo. Interação e interdependência também
existem entre seres vivos próximos, e entre eles e
o meio em que vivem, com reflexos em todo o planeta. Consequentemente,
há interação e interdependência,
no mínimo, entre a totalidade dos seres vivos da Terra.
A astrologia considera que esse processo, ou princípio
de interação e interdependência, é
universal, e está presente no Sistema Solar e no Universo.
Considera que o Universo, que contém tudo, também
se reflete em tudo, em cada uma de suas partes. Que suas partes,
principalmente as estruturas mais organizadas, com funções
mentais por exemplo, à semelhança do DNA celular,
além de estarem contidas e interagirem no Todo, refletem
simbolicamente o Todo. Dessa forma, o Todo ou sua Imagem,
está contido em cada parte, conforme antigo princípio
hermético. As partes do Universo funcionariam como
pedaços de uma fotografia holográfica, ou de
um espelho, onde cada um mostra, ou contém, toda afigura
inicial.
A astrologia não se enquadra nos conceitos atuais
de ciência. Mas, pode ser classificada como 'ciência
tradicional', conforme explica Jacques Sadoul no livro que
escreveu com M.Gauquelin: L'Astrologie - L'Astrologie et la
Science; Le Sacre; L'Heredite; Le Fleuve du Soleil -Bibliotheque
de L'Irrationnel - Edit. Denoel - Paris, 1972.
'Os cientistas distinguem as ciências experimentais
(a física ou a química), as ciências de
observação (a biologia) e as ciências
teóricas (as matemáticas). No entanto existe,
aos olhos de um grande número de pensadores independentes,
uma quarta forma de ciência, totalmente distinta das
outras, ou seja, as ciências tradicionais, isto é
as ciências baseadas em uma tradição antiga
e imutável que não tem necessidade de poder
ser demonstrada para ser tida como verdadeira. Compreende-se
que os meios científicos não possam aceitar
tal noção. Nesta perspectiva, eu diria que existem
essencialmente três ciências tradicionais: a filosofia,
que é a ciência do homem, a alquimia, que é
a ciência da matéria, e a astrologia, que é
a ciência da energia, ou melhor, das energias. Sempre
dentro desta perspectiva, tudo que a Universidade chama de
ciência não seria de fato mais do que "técnica",
já que está sempre sujeita a aperfeiçoamentos,
modificações, novidades. As ciências tradicionais,
elas, são imutáveis, porque subentendem em seus
princípios a intervenção da divindade
(...)'
A astrologia basicamente trata de significados de configurações
celestes e de suas correspondências com realidades terrestres.
É uma das formas mais antigas de estudos aplicados.
Ainda hoje, possivelmente continua sendo o conhecimento que
melhor permite detectar elementos que diferenciam o comportamento
das pessoas, assim como diferenciam o momento em que cada
uma delas vivenciou ou poderá vir a vivenciar determinados
tipos de experiências.
A astrologia estuda macro relações simbólicas,
posicionais, da Terra, do Homem e de suas instituições
com o Universo próximo, no transcorrer do Tempo. Considera
que cada vida reflete significados ligados a posições
astronômicas, principalmente aquelas do instante e local
de seu nascimento. Estas primeiras imagens, estas vistas iniciais
do Universo, são suas cartas astrológicas, suas
identidades astrais.
Os componentes da carta astrológica, levando em conta
as posições e correlações com
os signos, conforme simbolismo próprio, têm significados
específicos, são significadores de características
ou de possibilidades de acontecimentos. As instituições
humanas, como asnações, governos e empresas,
assim como fatos ocorridos, sendo partes importantes do nosso
universo, também possuem suas cartas astrológicas.
Para a astrologia, os acontecimentos que ocorrem durante
uma existência apresentam uma certa correspondência
com ciclos planetários que tiveram início com
a primeira inspiração, quando o ser começou
a viver fora do útero materno. A vida, nesse sentido,
começa com uma inspiração e termina com
uma expiração.
Essa relação simbólica da astrologia
com o Universo, permite considerá-la como sendo uma
espécie de linguagem ou forma de comunicação
do meio amplo observável, com o meio restrito, em particular
com o homem - esse 'universo em miniatura', criado à
imagem e semelhança do Criador. Criador ou Ser Supremo,
cuja manifestação mais grandiosa é o
Universo.
Para a prática astrológica, além das
relações específicas, simbólicas,posicionais
dos astros, se necessita conhecer outros elementos, que também
possam interferir no que está sendo estudado. O componente
astrológico, importante, não é o único
que deve ser considerado do conjunto daqueles que compõem
os quadros dos eventos, ou de suas possibilidades. Ou seja,
o estudo astrológico não é um processo
adivinhatório, é sempre um processo amplo de
análise de fatores existentes ou possíveis.
Enfim, astrologia não é astromancia.
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