Astrologia Financeira:
Respondendo a Dúvidas
Num dos cursos da linha empresarial do Sistema Astroletiva de Ensino surgiu uma dúvida muito pertinente a respeito da associação entre planetas e o dinheiro, seja como elemento de troca, seja como objeto material em si. Aqui publicamos uma parte da seqüência de mensagens que discute o problema. Optamos por manter o modo original como as mensagens foram trocadas durante os cursos, para que o leitor veja como são solucionadas as dúvidas dos participantes.

Nádia:
Oi Hollanda, tudo bem?

Carlos Hollanda:
Oi, Nadia, tudo em ordem. Mande ver.

Nádia:
Uma pergunta curta: o dinheiro em si tem qual conotação astrológica/social? estive fazendo umas leituras esses tempos e me ocorreu esta pergunta quando li a frase que o dinheiro é visto como gênero neutro. Mesmo sendo "gênero neutro", posso qualificá-lo astrologicamente? Ou ao contrário, sua conotação passa de neutra para masculina ou feminina?

Obrigada pela atenção,
Nadia

Carlos Hollanda:
Me parece que você quase respondeu sua própria pergunta, ao falar sobre neutralidade. Se tomarmos Mercúrio como elemento de troca, sabendo que ele não é nem masculino nem feminino, temos que ele é um planeta que não é nem benéfico nem maléfico. Talvez considerado levemente benéfico, mas podemos dizer que ele é neutro.

Ora, mas por que Mercúrio e não Lua, Vênus ou Plutão? Estes três últimos são significadores de recursos sim, mas pensemos bem: o dinheiro serve para realizar trocas de mercadorias por algo que tenha o mesmo valor. Antes do uso do dinheiro como conhecemos, as mercadorias eram trocadas por outras mercadorias. Acontece que isso volta e meia causava um problema (especialmente no mundo medieval europeu). Como assim um problema? Acontecia mais ou menos deste modo: "nem sempre o que você tem para oferecer em troca de meu produto é aquilo que preciso. Daí que não posso trocar." Se eu produzo laranjas e bananas e você produz bananas, não adianta querer trocar minhas laranjas por suas bananas porque isso eu já tenho de sobra. Também não poderia trocar duas maçãs por duas barras de ouro e sim maçãs em quantidade equivalente ao valor do ouro. Só que as maçãs, devido à quantidade capaz de equivaler ao valor do ouro, estragariam com o tempo, fazendo com que eu tivesse muito prejuízo. O dinheiro, portanto, é um substituto muito prático que simboliza o valor real de cada coisa e tem duas qualidades: ser imperecível e servir para trocar por qualquer coisa, pois é um intermediário (olha o Mercúrio aí, no conceito de intermediação).

Você não tem a mercadoria que eu preciso, mas tem uma soma de dinheiro que equivale ao que desejo obter. Assim, você me paga em dinheiro e eu depois compro aquilo de que necessito. Como vemos, o dinheiro é ao mesmo tempo Lua e Mercúrio. Lua quando falamos de valor de troca em frações, como dinheiro trocado, moedas e recursos usados no cotidiano para subsistência. O ouro, metal do Sol, é valioso demais para facilitar o comércio. Uma moeda de ouro compraria uns 300 pães, mas se eu só preciso de 2 pãs por dia, é muito melhor ter dinheiro em quantias menores e equivalentes ao valor da quantidade de que necessito. Daí que foi inventada a moeda de prata pelos comerciantes gregos ainda nos primórdios de sua hegemonia no Mediterrâneo na Idade Antiga. Bem, houve tempo, no medievo, em que a prata chegou a valer mais do que o ouro, mas isso podemos explicar numa outra ocasião.

Mercúrio é o deus do comércio e para fazer comércio é preciso que exista um valor de troca. É preciso também que as negociações sejam mediadas por um elemento que sirva em todos os casos (neutro), evitando os entraves causados por ausência de uma mercadoria adequada para troca. É assim que um padrão monetário como o dólar é adotado para o comércio mundial (exportação e importação). Uma moeda comum para tais operações facilita o trabalho e evita que o negociante tenha que fazer conversões de valores o tempo todo. O valor dos produtos já é negociado em dólar, só tendo que ser convertido quando o produto estiver inserido no mercado nacional para a moeda local.

Quanto à conotação passar de masculina a feminina, vejo como híbrida, tanto quanto a natureza de Mercúrio. Eu não daria ao dinheiro o papel de masculino ou de feminino, muito embora vários elementos como arte, estética, moda, jóias etc., representados como femininos, sejam facilmente associados a valores, luxo, enfim, a coisas realmente caras. O dinheiro, isto é, a forma física do dinheiro e sua representatividade é muito mais algo mercurial.

Uma segunda e excelente pergunta

Outra participante do mesmo curso fez um questionamento não menos pertinente a respeito do mesmo assunto. Ei-lo:

Márcia:
Oi Carlos, Recebi o questionamento de Nádia sobre o dinheiro e não entendi alguns conceitos em sua resposta. Poderia esclarecer melhor?

Nádia pergunta sobre uma conotação astrológica/social para o dinheiro. Você descreveu algumas das associações que podemos fazer com a Lua, e o Sol. Ok! Compreendi e concordo plenamente, mas no que diz respeito a Mercúrio, tenho algumas dúvidas, apesar de Mercúrio ser tratado pelos antigos como o Deus do Comércio, não consigo compreender a ligação que você fez com o dinheiro. Tudo bem: comércio = troca = negociação. Perfeito! Mas daí igualar ao dinheiro!? Em minha opinião, o dinheiro é um "objeto" de troca e não a troca em si. Vou tentar explicar melhor. Gosto de dividir Mercúrio em dois, Como? Bem, Mercúrio regente de Gêmeos é Hermes Criança, e Mercúrio regente de Virgem é Hermes Psicopompo. Podem a uma primeira impressão, parecer o mesmo mito, mas não são.

Foi um pequeno desvio do escopo do curso, mas eu diria um desvio "abençoado", pois permitiu uma elucidação mais eficaz sobre a idéia de dinheiro como material de troca e como fator de troca em si. A pergunta de estilo um tanto virginiano foi respondida com prazer e com minúcias igualmente virginianas. A resposta é bastante extensa e cheia de indicações. Este material, contudo, estará disponível em em matérias de Constelar e nos próximos cursos de Astroletiva. Isso despertou sua sede de saber? Venha saciá-la conosco.

| Topo |Índice dos artigos | Astro-Síntese | Contos & Cia. | Arte & Cia. |