"Que Deus
dê siso aos que já o possuem;
quanto aos insensatos,
deixai-os usar os próprios talentos"
(William Shakespeare)
Há muito tempo, um Grande e Sábio Rei,
de um dos vários países da Arábia,
sabendo ter cumprido com zelo a sua missão de
governante, decidiu viver os últimos anos em
completo retiro. Isolado nas montanhas do interior,
ele repousaria até sentir estar próximo
o derradeiro chamado de Deus, quando então voltaria
ao palácio real para deixar registrado seu testamento
e Vontade final.
Em sua última audiência antes do retiro,
chamou o seu único casal de
filhos, aos quais ele confiaria a administração
de todo reino. Após expor os motivos de sua inesperada
decisão à filha mais velha, a quem considerava
herdeira espiritual, ele legou-lhe as inóspitas
terras do deserto, dizendo que ali ela encontraria tudo
que queria a sua alma desejosa de saber. Para o segundo
filho, bem jovem, pequeno e muito inseguro, embora extravagantemente
ambicioso, tomado pelo Velho Rei como o possível
herdeiro temporal, foram confiadas as cidades e a administração
da maior parte de sua fortuna, dizendo que seus desejos
ocultos ali teriam todos os elementos necessários
para se saciarem.
Como última mensagem e vaticínio, o Sábio
Rei falou que, em tempo não determinado, os novos
soberanos passariam, cada um deles a seu tempo e modo,
por duas fortes provações, ao mesmo tempo
idênticas e distintas, que determinariam qual
dos dois estaria preparado para substituí-lo,
assumindo por completo todo o reino.
Finalmente, o Sábio disse que na hora certa,
quando o Senhor do Último
Alento dele se aproximasse, ele retornaria das montanhas
para avaliar os ordálios e, nesse mesmo momento,
ele haveria de decidir qual dos filhos herdaria o trono.
Na palavra final à sua filha, o Grande Rei,
segurando-lhe firme as mãos,
sussurrou-lhe, em confidência, aos ouvidos: "confie".
Em seguida,
dirigindo-se ao segundo filho, da mesma forma, ele disse:
"cautela".
Deixando-lhes sua benção, o ancião
reuniu um pequeno número de serviçais
e partiu para o isolamento.
Tão logo fora encerrada a audiência real,
o segundo filho começou a exercer seus novos
poderes. Destituiu as antigas administrações,
formada pelos homens de confiança de seu pai,
instalou novos e ambiciosos jovens amigos no poder,
mandou preparar um forte exército e começou
a imaginar vários meios de aumentar o novo reino
que lhe fora confiado. A timidez que o caracterizava,
logo cedia lugar ao desejo descontrolado de exercer
o poder.
Enquanto isso, a filha, assim que o ancião deixou
a cidade, cumprimentou, desejou sorte e saudou o irmão
mais novo, partindo feliz rumo ao deserto. Vendo sua
irmã sair sozinha, o surpreso jovem perguntou
por qual motivo ela partia daquele jeito, completamente
só.
"Vou só, pois nada há o que se temer
por lá. A Providência estará comigo,
assim como sempre esteve com nosso santo pai. Eu confio
na própria vida e em meu destino".
Mesmo intrigado pela aparente súbita demência
da irmã mais velha, o jovem príncipe não
se demorou na despedida, voltando a tratar dos novos
afazeres reais. Muito havia por ser feito. Uma nova
capital, por exemplo, seria construída do outro
lado do deserto, ao sul do país. Bela, forte,
invulnerável, ela seria o local escolhido para
edificar a nova residência real onde ele passaria
a exercer todo o seu poder, governando com mão-de-ferro
a sua parte do reino. "O Poder do Sul" era
um dos títulos que sonhava para si mesmo. Com
relação ao deserto, por um momento pensou
o que fazer. Mas logo concluiu que "nada há
lá que me seja útil. Que fique como está:
esquecido!"
As despesas que mantinham os caprichos do pequeno rei
eram por demais excessivas. Para supri-las, ordenou
a invasão e a conquista de novas terras. O reino,
antes pacífico e próspero, subitamente,
tornara-se bélico e, aos poucos, moralmente retrógrado.
Devido ao modo de agir, o novo governante rapidamente
criou inimizades por todas as partes do país.
Sabendo que uma oposição começava
e se esboçar dentro de suas próprias fileiras
- a parte descontente dos súditos começava
a crescer - ele não tardou em perseguir seus
inimigos e matar seus oponentes. Até mesmo alguns
que antes eram amigos foram alvos de sua ira. Por fim,
saqueou alguns aliados reinos vizinhos. Toda a fortuna
estava sendo utilizada para dar vazão a construção
da nova cidade, delírio de poder e grandeza.
A vaidade de se tornar um grande rei, único,
sumo e santíssimo corroía cada vez mais
o seu juízo.
Entretanto, enquanto o novo pequeno tirano se formava,
e mesmo apesar da perseguição imposta
a seus inimigos, o número dos insatisfeitos com
o infante regente aumentava dia a dia. Ele então
lembrou da última palavra de seu sábio
pai: "cautela". Sim, é verdade, ele
teria cautela, mas as perseguições continuariam.
Nada impediria a realização de sua vontade.
E quanto mais ele exercia o que considerava um natural
direito, a oposição por ele sofrida fazia
crescer ainda mais em seu íntimo o medo que nutria
de perder o poder, de ser traído e enganado.
A obsessiva idéia de não poder confiar
em ninguém e em ser traído crescia na
mente do petiz rei, a ponto dele começar a olhar
com desconfiança todos que estavam a sua volta.
Cedo, fez da mentira e da falácia, da discórdia
e do desafeto, da artimanha e da intriga, as armas com
as quais conduziria o reino. Além disso, dentro
da hierarquia das Armas, do qual ele estava temporariamente
encarregado, todos os seus subalternos foram, de modo
explícito, ameaçados de serem impedidos
de avanço em graduação, dentro
do "seu" exército, caso não
estivessem absolutamente de acordo com todas as suas
atitudes...
Todos os súditos que começavam a se destacar
eram vistos como focos de pestilência e verdadeiras
ameaças a sua posição e realeza.
A calúnia e a sabotagem eram por ele livremente
exercidas, no sentido de que esses - os súditos
com sucesso - fossem evitados. Em todo lugar do reino
em que a vontade pessoal dele fosse soberana, ninguém
mais encontraria espaço para brilhar.
Tentou pôr súdito contra súdito,
num desesperado esforço para mantê-los
separados, confusos e fracos. Inverdades eram por ele
lançadas constantemente, no sentido de inibir
a ação dos descontentes. Dessa forma,
dizia que a irmã mais velha, além de ser
de péssima índole, nada sabia sobre governos,
por isso seu Nobre e Santo pai lhe confiara o deserto,
onde nada havia para se administrar ou reinar. Também
passou a dizer que estava em constante contato com o
seu pai, e que esse estaria plenamente satisfeito com
a forma pela qual o príncipe jovem, o poder do
sul, conduzia o reino. Segundo ele, o Velho Rei dedicara-lhe
toda a estima, depositando em suas mãos toda
a confiança para que ele agisse apenas de acordo
com a própria vontade, e a de mais ninguém.
Por fim, dizia que o Sábio Senhor logo retornaria
do retiro para confirmar-lhe, em definitivo, como o
mais sagrado pai daquelas terras.
Certo dia, rumores chegaram ao reino. Eles falavam
que a Filha mais velha, a quem fora confiada as terras
do deserto, estava, obedecendo algum misterioso presságio,
se dirigindo à nova capital, onde havia se
estabelecido o novo governo do reino.
Tão logo tais rumores chegaram aos ouvidos do
rei menor, este pôs-se em convulsão e histérica
agonia. Em seus delírios, o que mais o afetava
era a imagem da irmã, sorrindo, tranqüila,
em partida para o deserto. "Como alguém
poderia ficar feliz com tal desditoso fadário?",
era a questão que, naquele momento, perturbava
o seu juízo. "Uma armadilha, um estratagema,
só pode ser isso!" - concluiu-lhe a mente
insana. "Dissimulando, ela deve ter reunido, as
escondidas, na calada da noite, um exército de
horrendos infiéis, uma hoste de mercenários
nômades e vadios, e agora volta para reclamar
o trono que por direito pertence somente a mim, somente
a mim e a mais ninguém".
Não é a toa que as palavras de um velho
adágio dizem que as mentes cegas pelo uso indevido
do poder costumam prover o próprio alimento,
necessário para mantê-las, cada vez mais
atoladas, na loucura de sua parca ilusão de grandeza...
Mas, os ventos não param. Estes conduziam mais
e mais rumores e contavam que a Filha do Santo Rei havia
se transformado em uma verdadeira Sábia. Agora,
ao que tudo indicava, ela havia de fato recebido um
sinal divino, que apontava à eminente Ultimal
Festa de seu Nobre Pai. Ela decidira, então,
voltar ao reino para encontrá-lo ainda uma última
vez.
Francamente perturbado pela idéia do retorno
da irmã - ameaça das ameaças, concluia
ele - o jovem soberano maquinava o que fazer para evitá-la.
Com as idéias confusas, juízo turvado,
pensamentos hesitantes e temores inconfessáveis,
apenas pode pensar em como preparar um final para a
irmã mais velha. Mas não pediria conselhos
para isso, visto não poder confiar em absolutamente
ninguém que o cercava. "Todos são
infiéis e traidores" - delirava. Sim, ele
decidiria sozinho o que fazer.
O jovem rei sabia que não poderia manchar suas
mãos com o sangue da irmã, isso provocaria
a fúria dos súditos e também a
desaprovação de seu pai. Assim, começou
a imaginar alternativas para se livrar da "concorrente"
ao trono. De repente, pensou em algo que, é claro,
considerou genial. O costume da região era presentear,
com algum objeto de valor, os familiares que retornassem
de uma longa viagem. Então, um presente especial
seria preparado para a irmã do deserto. Já
que ela agora se passava por uma sábia, o pequeno
regente lhe daria de presente algo incomum, da mesma
altura. Algo que exigisse sabedoria.
Reuniu em seu gabinete real os melhores arquitetos
e engenheiros do reino. Depois, ordenou-lhes que concebessem
e construíssem um labirinto, tão complexo
e espantoso que nem mesmo os mais arrojados heróis
míticos pudessem dele escapar. A obra deveria
ficar pronta imediatamente e, para isso, os generais
arregimentariam tantos fâmulos quantos fossem
necessários. As terras conquistadas lá
estavam para isso. Além de tudo, um mapa único
do mesmo labirinto seria confeccionado e entregue ao
jovem príncipe. Somente ele saberia entrar e
sair, incólume, do fantástico dédalo.
Arrebanhados os escravos, a obra foi imediatamente
iniciada.
Pouco tempo depois, novas notícias confirmavam
a eminente chegada da irmã, a herdeira do deserto.
O Jovem rei, já tendo concluído a construção
do labirinto, planejara em segredo convidar a sua irmã
para ir conhecer o belo presente que havia sido especialmente
preparado para a ocasião. Uma vez dentro do hórrido
labirinto, lá ele trataria de "se perder"
da irmã. Ela, por sua vez, nenhuma saída
encontrando, do local faria nada mais senão seu
próprio jazigo. "O meu plano é perfeito"
- pensou o demente jovem tirano, com um riso nervoso,
esfregando mão contra mão.
E chegou o dia do retorno da filha do Nobre Rei. Tranqüila
e feliz, ela foi
ao encontro do jovem irmão, que a recebeu em
meio a franca fartura e falsa alegria. Após alguns
minutos de colóquio, o jovem príncipe,
ansioso por dar desfecho àquele desagradável
e enfadonho encontro, disse haver preparado um presente
especial para ela, sua irmã do deserto. Convidou-a
para ir até o local onde havia sido construído
o labirinto, e nele os irmãos juntos entraram.
Após várias horas andando pelos confusos
caminhos do sinistro ardil, a irmã mais velha
disse ao jovem príncipe: "oh tu que és
meu nobre e valoroso irmão, muito mais teria
eu que falar a ti. Todavia, minha natureza, impregnada
pelo silencioso espírito do deserto, isso ainda
não me permite. Toma, então, esta minha
missiva, ela resume a totalidade de meus sentimentos,
nela está o meu caro presente a ti, nela está
aquilo que meu coração diz ser o símbolo
de nosso reencontro, e também o meu franco desejo
que o sucesso, que sempre será a tua provação,
te acompanhe".
O príncipe pequeno, temendo alguma cilada oculta
preparada pela irmã, com reservado receio pegou
e guardou a carta. Continuando a andar pelo labirinto,
disse ele então, acenando ao seu redor à
irmã do deserto: "Eis o labirinto. Ele é
o meu presente a ti". E tão logo falou,
tratou de se
afastar da irmã, deixando-a só e perdida
em meio ao tremendo dédalo.
O jovem príncipe, orientado pelo mapa único
que apenas ele possuía,
rapidamente saia sozinho da terrível armadilha.
Foi quando outra notícia chegou. Dessa vez, os
eufóricos, assustados e esbaforidos mensageiros
diziam que o Velho Rei estava sendo - naquele mesmo
instante - levado para o antigo palácio real
e pedia a presença dos filhos num prazo máximo
de cinco dias, e que eles deveriam se dirigir desacompanhados
para lá.
"Isso vem bem a calhar. Tudo caminha exatamente
conforme a minha vontade, tenho o controle de toda a
situação", foi o insano pensamento
que passou pela mente do jovem rei.
Assim, o irmão mais novo se preparou para a
difícil viagem. Ele teria que
atravessar o deserto para se encontrar com o sábio
regente, no palácio
real. Pondo-se de imediato ao caminho, o príncipe
rapidamente atravessou os portões da nova cidade,
construída no sul, para ser a capital de todo
o reino. Surpreendentemente, a primeira pessoa que viu
foi justamente a sua irmã, que, calmamente, conduzindo
um camelo, também iniciava a sua jornada de retorno
ao palácio de seu pai.
"Mas, o que fazes aqui?"- perguntou, atônito,
o jovem príncipe. "Querido
irmão, vou atravessar o deserto e ir atender
ao chamado de nosso Santo Pai" - respondeu tranqüila
a irmã mais velha. "Mas como saíste
do
labirinto?" - ainda aturdido, questionou o mais
moço dos irmãos. "O deserto é
sábio, e ele me ensinou. À noite, aprendi
a ler as estrelas; durante o dia, o vento, o sol e a
poeira são os meus guias. Em todas as horas,
contudo, o constante apelo do vazio do deserto fez da
voz que vem de meu coração e do silêncio
de meus pensamentos os meus judiciosos guias companheiros
a me indicar os corretos caminhos a serem percorridos.
Sim, nobre e valoroso irmão, estou preenchida
pelo Vazio do Deserto. O teu presente é belo
e a ti sou muito grata, pois ele muito teria a me ensinar.
De bom grado, nele eu ainda estaria caso o chamado que
vem de nosso Santo Pai não fosse tão imperativo,
tão urgente. Espero também que o meu humilde
presente esteja a altura de tua generosidade real."
Sem entender nada daquelas palavras e pensando ter
sido a sua irmã
acometida por uma loucura qualquer, o petiz rei esporou
o veloz alazão e, como um raio, adentrou-se no
deserto, indo em busca de seu soberano pai.
A Irmã Sábia, ajeitou o albornoz, tocou
de leve o camelo, e também seguiu viagem.
Passados três dias, já em plena aridez
do deserto, o príncipe sentiu o
cavalo falhar, tropeçar e cair, completamente
exaurido pelo esforço
empreendido. Sem contar com a montaria, que agora jazia
em meio ao tórrido e escaldante calor, nada restou
ao pequeno tirano que continuar a pé a viagem.
Todavia, muito ainda faltava a ser percorrido. Com o
passar do tempo, em meio ao torvelinho de sua mente,
em franca desesperança por se achar completamente
só e perdido, subitamente, ele se lembra da carta
dada pela irmã.
Abrindo-a, ele lê: "Meu amado, soberano
e irmão. Muito aprendi nas terras que a mim foram
confiadas por nosso Sábio Pai. Como creio que
todo Rei deva ter tais lições que recebi,
a ti gostaria de presentear a minha parte da herança
de nosso Sábio Rei. A ti, portanto, deixo todo
o meu legado, toma, agora mesmo, o deserto em tuas mãos.
Ele agora te pertence, da mesma forma com tu pertencerás
a ele. Nele tu encontrarás o céu e o sol,
o vento, a lua e as estrelas, tudo a te orientar, a
te guiar. Depois, nobre e valoroso irmão, atente
ao Vazio do Deserto e aprende a escutar o mais forte
apelo, que virá de ti, de teu coração.
Mas, oh meu irmão, acautela-te. O deserto que
é mestre também pode ser algoz, pois ele
é, dos Labirintos, o mais espantoso. Não
terás salões ou corredores a te confundir,
não terás portas nem janelas a te ofuscar,
não haverá esquinas e nem encruzilhadas
a te iludir e, muito menos, lá tu encontrarás
as familiares vozes de teus pares a te confortar. No
entanto, a imensidão de suas dimensões
e de seu Vazio são os cruéis ordálios
que te esperarão. Sabe, contudo, que a imensidão
do
deserto é proporcional a grandeza da realização
e da sabedoria que ele
promete. Mas, acautela-te, pois ali também haverá
uma cruel maldição, só comparável
à terrível mazela que acompanha o insano
desejo de grandeza da mente dos reis menores, onde o
sedutor convite da loucura à perdição,
o ponto final dos delírios de todos os infiéis
e dos corruptos encontra espaço para reinar.
Vá e aprenda, e que o Senhor te acompanhe. Sim,
meu valoroso Irmão, que o Senhor te acompanhe".
No antigo palácio real, o Sábio Rei,
sereno em seu leito de morte, já
aguardava pelos filhos. Com a chegada da sua amada filha,
uma forte alegria se fez no coração do
Soberano ancião. Passado o prazo para a chegada
do segundo filho, o Soberano pede que sua filha exponha
os fatos por ela conhecidos. Então, ela fala
de sua partida para o deserto, da tirania que se apossara
do seu irmão, da sua carta, do labirinto que
lhe fora dado de presente e, por fim da partida de ambos
na busca dele, o Grande Rei e Sábio Senhor.
"O Grande Labirinto é o pior dos ardis.
Mas ele sempre estará apenas em nós, construído
pelos desmedidos tijolos de nossa ganância e composto
apenas pelos confusos corredores de nossa própria
mente" - dizia o Rei, já moribundo - "A
ti, minha Sábia Filha, que aprendeu com o pouco
que te foi entregue, confio todo o meu reino. Que O
Senhor sustente o teu corpo, que é o veículo
da tua vontade; que Ele conforte o teu coração,
dando-te alegria e paixão eternas; e que Ele
ilumine tua mente, fazendo sempre claros os teus caminhos
a ti."
A Irmã mais velha, assim, herdou todo o reino.
Quanto ao jovem príncipe, nada mais se soube
a respeito dele.
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